Boletim divulgado hoje (31) pela Autarquia Municipal de Saúde coloca
Apucarana na condição de alto risco de desenvolver uma epidemia da dengue. O
levantamento, realizado entre os dias 17 e 21 de março, indica que área urbana
da cidade está com um índice de infestação de 5.1% do mosquito transmissor da
doença. Isso significa que de cada 100 casas visitadas 5,1 estão com focos do
Aedes aegypti.
Sempre tendo como parâmetro o índice de infestação preconizado pela
Organização Mundial da Saúde de até 1%, autoridades de saúde de Apucarana lidam
com regiões da cidade em situações bem mais crítica do que a média geral do
município. É o caso da área que compreende os parques Bela Vista, de Exposição,
do Perdigão e das Araucárias; núcleos habitacionais Afonso Camargo, Marcos
Freire, Vale Verde e Dom Romeu; Jardim Ponta Grossa; e região do clube de campo
Água Azul, onde a incidência de foco do mosquito da dengue chega a 8,2%.
Preocupante também está a parte da cidade que compreende o Parque Santo
Expedido, cemitérios da Saudade e Cristo Rei, jardins das Flores e Esperança,
Vila Formosa e área próxima à Prefeitura. Nestes locais o percentual de
infestação é de 6.9%.
Sempre apresentados em relatórios distintos, o levantamento do índice da
dengue mostra a região urbana com praticamente o dobro da incidência da zona
rural do município. A média de infestação entre os quatro distritos
apucaranenses está em 2,58%, o que os colocam no padrão “risco médio” de
epidemia. A situação mais agravante está no distrito de Caixa de São Pedro, que
detém 3,8% de focos do mosquito Aedes aegypti. Pirapó apresenta percentual de
2,69%, Vila Reis, 2,48% e Correia de Freitas, 2,43%.
“Não queremos que um surto de epidemia ocorra em nosso município. O
trabalho diário dos agentes de endemias continua, mas só o poder público não
conseguirá resolver o problema. Precisamos que cada um faça a sua parte. A
melhor estratégia para evitar o surto da doença é a prevenção”, afirmou Takeshi
Mutta, supervisor da Divisão de Controle de Endemias.
Segundo Mutta, a própria mudança nas condições climáticas a partir de
abril vai contribuir para que a incidência dos focos da dengue comece a cair.
“Os dias mais frios são menos favoráveis a proliferação do mosquito transmissor
da doença e paralelo a isso mantemos o trabalho permanente de prevenção, com
visitas domiciliares para identificação de possíveis criadouros do mosquito e
orientações a população”, informou.
O relatório de casos da dengue da Autarquia Municipal da Saúde de
Apucarana fechou os primeiros três meses do ano com 112 notificações de
suspeitas da doença. Nenhum caso foi confirmado.
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